Ei, você aí! Você que está LENO o que escrevo neste momento. Sua leitura muita me agrada, porém, preferiria que você estivesse mesmo era lendo. É justamente com você que gostaria de estar conversando, afinal, não é sempre que duas pessoas estão CONVERSANO desta forma, não é verdade? Você pode até estar DIZENO que nas redes sociais é bem mais fácil encontrarmos as pessoas se FALANO pelos chats, messengers e demais aplicativos. Contudo, o ideal seria duas pessoas se falando frente a frente, olhos nos olhos, coisa que a tecnologia moderna e escravizante tem suprimido de nós, humanos metidos à maquina. Por falar em olhar, você, caro leitor, está OLHANO para este texto e se PERGUNTANO: por que estou VENO isso? É justamente neste ponto que eu queria estar chegando, pois já que é para chegar, que nunca se chegue CHEGANO. O fato é que olhando para tantos textos e hipertextos, estamos nos perguntando os motivos de estarmos vendo tanta informação inúteis diante de nosso olhos. Você certamente dirá: esse cara tá MARCANO! Vai CIRCULANO! Será? Tudo o que está circulando por aí, acaba marcando a forma como nos comunicamos, seja de forma oral ou escrita. E não adianta ir PEGANO febre e dizer que estou PAGANO mico. Posso até estar pegando no seu pé e estar pagando um alto preço, mas é assim que a nossa língua merece ser tratada. Se você estiver TRATANO ela assim, na realidade você a está maltratando. Afinal ela é a nossa maior riqueza e nos assegura total soberania frente as outras nações. Não! E não adianta você falar que eu estou TIRANO! Tirano é substantivo concreto.Tirania mesmo é a da ignorância que paira sobre o nosso maior patrimônio: a Língua Portuguesa. No máximo, eu estaria tirando um sarro, com todas as razões possíveis. No fim das contas as locuções verbais estão cada vez mais escassas. O gerundismo que já era algo grosseiro, nem de perto se compara à supressão dos "NDO´s" nas terminações do verbo, prática que se alastra como erva daninha, triste e principalmente, por entre os falantes mais jovens. No registro escrito, então, um verdadeiro sacrilégio! Tudo isso justamente com o verbo, a palavra mais importante da língua! Isso sem contar que "no princípio era o verbo; e o verbo se fez carne; e habitou entre nós". Eis portanto, quem sabe, talvez, um bom motivo para ele não querer voltar. Embora, muitos clamem em alto e bom som que ele está VOLTANO!
sábado, 11 de novembro de 2017
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
UM VEADO NA ESCOLA!
Chegou ali sorrateiramente e sem avisar. Ao perceber o ambiente inóspito, amuou-se, mas mesmo assim, aos poucos, foi ganhando confiança e terreno. Evidentemente, não demorou muito para que sua presença fosse notada. Infelizmente, ainda hoje, nestes casos, por muitas pessoas essas gracinhas são vistas como afronta. As piadinhas foram inevitáveis. O diferente sempre causa incômodo e rebuliço. Os alunos, já cientes da exótica presença, passaram a oprimi-lo e persegui-lo. Não demorou muito e a equipe gestora tomou conhecimento do "estranho" caso. Daquela maneira, dadas as circunstâncias, era realmente um problema a ser resolvido. Olhares curiosos, arredios e espantados o perseguiam por todos os recônditos escolares. O comportamento dele, mediante a tantas ameaças também se alterou. Ao revidar as provocações, acendeu ainda mais a ira do alunado. Agora era questão de honra para os "machões" darem-lhe uma lição. Todos queriam pegá-lo, de um jeito ou de outro. Mesmo acuado, a vítima não entregava os pontos e não se deixava abater. Não esmoreceu diante de mais uma adversidade. Em certo momento, a situação ficou insustentável. Um dos jovens, com vigor o perseguiu impiedosa e bullyneamente. Eram obstinados e numerosos os adversários. Agiam como caçadores sedentos pela caça. Armaram então um emboscada e o cercaram num canto qualquer. Esbaforido e receoso ele se machucou ao bater contra a grade, numa tentativa desesperada de fugir daquele cerco. Tava na cara que ia dar polícia maquela confusão! Uma escola inteira em pleno alvoroço. Eram todos contra um! Enfim, os policiais chegaram e para sua segurança o retiraram do recinto. Pasme, leitor! Mas era o que deveria ser feito. A turma de estudantes estava em vitorioso êxtase. Finalmente aquele cervo do campo, o qual ninguém sabe como foi parar ali naquela escola, em pleno perímetro urbano, foi pego. Os militares do meio ambiente o conduziram em segurança de volta ao seu habitat. A galera inteira queria isso e aplaudiu a captura e a devolução forçosa à natureza. A juventude assimilou muito bem a necessidade de preservação das espécies e do nosso planeta. Contudo, muitos preconceitos e curiosidades estranhas ainda se mostram vivos em nós, meros e imperfeitos humanos. Vai negar, caro leitor, que o título proposital não suscitou curiosidade em você? Porém, diferentemente do que deve ter pensado, dessa vez, o veado era simplesmente um mamífero, quadrúpede e indefeso. Eis o bichinho na foto abaixo e abaixo a homofobia!
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