terça-feira, 25 de julho de 2006

PALAVRAS


soltas ao vento
capturadas pelo papel
doces ao pé-do-ouvido
ou amargas como fel

ferem como flechas
cativam como flores
traem, abrem brechas
ou eternizam amores

libertas pela voz
musicadas numa canção
mudas, nulas, sós
emanadas da multidão

revelam o encoberto
manipulam a massa
reforçam o que é correto (e o que é correto?)
Palavras ficam; o homem passa!

(Sérgio Silva, in Vim, Vi e Escrevi, 2006.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário